Fabaceae

Inga bollandii Sprague & Sandwith

Como citar:

Monira Bicalho; Lucas Arguello Aragão. 2022. Inga bollandii (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

186.310,972 Km2

AOO:

76,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Garcia e Bonadeu, 2020), com distribuição: no estado de Alagoas — no município Ibateguara —, no estado da Bahia — nos municípios Jandaíra e Vera Cruz —, no estado do Ceará — nos municípios Aratuba, Baturité, Ceará, Guaramiranga, Maranguape, Mulungu, Pacatuba e Pacoti —, e no estado de Sergipe — nos municípios Aracaju, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Lucas Arguello Aragão
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 4 m de altura, endêmica do Brasil, popularmente conhecida como Ingá piaba (Figueirêdo, 2009, Garcia e Bonadeu, 2020), possui registros em diversos municípios do Brasil. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta de Terra-Firme (Garcia e Bonadeu, 2020), brejo de altitude e região litorânea (Figueirêdo, 2009). Apresenta um extenso EOO= 152098km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Somado à isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, Inga bollandii foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2015
Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 DD

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Bull. Misc. Inform. Kew 1926: 241, 1926. É afim de Inga ciliata, mas difere por apresentar folhas com no máximo três pares de folíolos (Figueirêdo, 2009). Popularmente conhecida como Ingá piaba (Garcia e Bonadeu, 2020). A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU, D2) na Lista Vermelha da IUCN (World Conservation Monitoring Centre, 1998).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Ocorre exclusivamente no Nordeste do Brasil em populações disjuntas em brejo e altitude do Estado do Ceará e na região litorânea de Sergipe (Figueirêdo, 2009).
Referências:
  1. Figueirêdo, M.F., 2009. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta de Terra-Firme
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 4 m de altura (Figueirêdo, 2009). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta de Terra Firme (Garcia e Bonadeu, 2020), brejo de altitudo e região litorânea Figueirêdo, 2009).
Referências:
  1. Figueirêdo, M.F., 2009. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia.
  2. Garcia, F.C.P., Bonadeu, F., 2020. Inga. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18642 (acesso em 04 de novembro de 2021)

Reprodução:

Fenologia: flowering (Sep~Nov), fruiting (Sep~Jan)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future regional low
De acordo com o MapBiomas, o município Pacatuba (CE) possui 9,66% (1287ha) do seu território convertido em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). Em 2014, a espécie apresentava 6,21% (422,18ha) da sua AOO útil (6800ha) em áreas de infraestrutura urbana, enquanto em 2019, a espécie apresentava 6,18% (420,15ha), o que representou um decréscimo de 0,03% (2,03ha) em áreas de infraestrutura urbana (MapBiomas, 2021b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2021a. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Município: Pacatuba (CE). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/EstatADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 04 de novembro de 2021).
  2. MapBiomas, 2021b. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2014 e 2019. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 04 de novembro de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national low
Em 2014, a espécie apresentava 0,45% (30,16ha) da sua AOO útil (6800ha) em áreas de agricultura e 9,03% (614,28ha) em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, enquanto em 2019, a espécie apresentava 0,71% (47,84ha) em áreas de agricultura e 7,75% (527,05ha) em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, o que representou um decréscimo de 1,02% (69,55ha) em áreas de agricultura e mosaico de agricultura e pastagem (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. MapBiomas, 2021. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2014 e 2019. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 04 de novembro de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national medium
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Aracaju (SE), Estância (SE), Ibateguara (AL), Jandaíra (BA), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santo Amaro das Brotas (SE) e Vera Cruz (BA) possuem, respectivamente, 24,42% (4448ha), 51,63% (33421ha), 60,28% (15992ha), 33,16% (21249ha), 48,82% (15879ha), 34,89% (8267ha) e 18,27% (5437ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021). De acordo com o MapBiomas, os municípios Aracaju (SE), Estância (SE), Ibateguara (AL), Jandaíra (BA), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santo Amaro das Brotas (SE) e Vera Cruz (BA) possuem, respectivamente, 15,86% (2889ha), 49,41% (31988ha), 56,26% (14927ha), 31,09% (19924ha), 48,48% (15769ha), 30,53% (7235ha) e 14,1% (4196ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). Em 2014, a espécie apresentava 21,22% (1442,8ha) da sua AOO útil (6800ha) em áreas de pastagem e 9,03% (614,28ha) em áreas de mosaico de pastagem e agricultura, enquanto em 2019, a espécie apresentava 22,37% (1521,26ha) em áreas de pastagem e 7,75% (527,05ha) em áreas de pastagem e agricultura, o que representou um decréscimo de 0,13% (8,77ha) em áreas de pastagem e mosaico de pastagem e agricultura (MapBiomas, 2021b).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2021. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2019. Municípios: Aracaju (SE), Estância (SE), Ibateguara (AL), Jandaíra (BA), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santo Amaro das Brotas (SE) e Vera Cruz (BA). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 04 de novembro de 2021).
  2. MapBiomas, 2021a. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Aracaju (SE), Estância (SE), Ibateguara (AL), Jandaíra (BA), Santa Luzia do Itanhy (SE), Santo Amaro das Brotas (SE) e Vera Cruz (BA). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/EstatADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 04 de novembro de 2021).
  3. MapBiomas, 2021b. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2014 e 2019. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 04 de novembro de 2021).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Baía de Todos Os Santos, Área de Proteção Ambiental da Serra da Aratanha, Área de Proteção Ambiental da Serra de Baturité, Área de Proteção Ambiental de Muricí e Reserva Particular do Patrimônio Natural Sítio Lagoa.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.